Aquecimento global
Todos os
dias somos bombardeados com um volume enorme de informações sobre o aquecimento
global. Derretimento de geleiras e o consequente aumento dos níveis dos
oceanos. Efeito estufa com secas de proporções bíblicas, mudanças climáticas
nunca vistas onde mal sabemos em que estação estamos. Calor infernal no inverno
e chuvas intensas quando não se espera. Enfim, vivemos tempos de mudança.
Muito se
atribui a ação do homem. Aparecemos com principal vilão de toda essa história. Com
nossas fábricas, carros, aviões e navios. Com nossa agricultura, pecuária e
enfim, com nosso modo de vida. Não pretendo iniciar uma discussão técnica sobre
a causa do aquecimento do planeta, mas vale lembrar algumas opiniões
divergentes.
Com maior
penetração na mídia temos o discurso catastrófico e apocalíptico daqueles que
apontam o homem como o algoz do nosso planeta. Não há a possibilidade de citar
nomes, esse artigo não comporta tanto, fica para registro o Greenpeace, histórico
grupo de defesa do meio ambiente.
Do outro lado,
céticos como o professor de climatologia Ricardo Augusto Felício, da USP, que
vem ganhando espaço na mídia dando como “mito” muitas das afirmações e
previsões feitas por ecologistas. Aqui quero fazer uma observação: acompanhei
por um período o emérito professor Aziz Ab'Saber, reconhecido mundialmente como
um brilhante geógrafo e crítico voraz dos estudos divulgados pelo IPCC - Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. O professor
Aziz afirmava que tais estudos não observaram o Optimum Climático – período ocorrido
há 5 ou 6 mil anos em que houve grande aquecimento do globo.
Mas, como
disse no início, não vou levantar uma discussão técnica sobre o tema. O
objetivo é levantar um debate sobre o modo de vida que adotamos. Esse sim
responsável pela agressão ao meio ambiente. Somos responsáveis sim, pela enorme
quantidade de lixo acumulado nas ruas e cidades. Somos responsáveis sim, pelo
consumo desmedido apenas pelo consumo. Somos responsáveis sim, pela cultura da
quantidade em detrimento da qualidade.
Observem
que essas questões estão ligadas a cultura que fomos criados. As relações de
poder são calcadas no consumo. No quanto você pode comprar. Não usamos mais a
força física para caçar ou subjulgar. Usamos a força econômica para isso, com grandes
índices de consumo de futilidades que nos projetam “poder”.
Enfim, mito
ou verdade as questões que nos afligem em relação ao meio ambiente estão
relacionadas à educação. Discutir, entender, opinar e levar o tema a todos os
meios é uma forma de chegarmos a um conceito comum.
E não há
dúvida que precisamos discutir sobre o tema. Sobre nosso futuro.
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