sábado, 13 de outubro de 2012



Aquecimento global

Todos os dias somos bombardeados com um volume enorme de informações sobre o aquecimento global. Derretimento de geleiras e o consequente aumento dos níveis dos oceanos. Efeito estufa com secas de proporções bíblicas, mudanças climáticas nunca vistas onde mal sabemos em que estação estamos. Calor infernal no inverno e chuvas intensas quando não se espera. Enfim, vivemos tempos de mudança.
Muito se atribui a ação do homem. Aparecemos com principal vilão de toda essa história. Com nossas fábricas, carros, aviões e navios. Com nossa agricultura, pecuária e enfim, com nosso modo de vida. Não pretendo iniciar uma discussão técnica sobre a causa do aquecimento do planeta, mas vale lembrar algumas opiniões divergentes.
Com maior penetração na mídia temos o discurso catastrófico e apocalíptico daqueles que apontam o homem como o algoz do nosso planeta. Não há a possibilidade de citar nomes, esse artigo não comporta tanto, fica para registro o Greenpeace, histórico grupo de defesa do meio ambiente.
Do outro lado, céticos como o professor de climatologia Ricardo Augusto Felício, da USP, que vem ganhando espaço na mídia dando como “mito” muitas das afirmações e previsões feitas por ecologistas. Aqui quero fazer uma observação: acompanhei por um período o emérito professor Aziz Ab'Saber, reconhecido mundialmente como um brilhante geógrafo e crítico voraz dos estudos divulgados pelo IPCC - Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. O professor Aziz afirmava que tais estudos não observaram o Optimum Climático – período ocorrido há 5 ou 6 mil anos em que houve grande aquecimento do globo.
Mas, como disse no início, não vou levantar uma discussão técnica sobre o tema. O objetivo é levantar um debate sobre o modo de vida que adotamos. Esse sim responsável pela agressão ao meio ambiente. Somos responsáveis sim, pela enorme quantidade de lixo acumulado nas ruas e cidades. Somos responsáveis sim, pelo consumo desmedido apenas pelo consumo. Somos responsáveis sim, pela cultura da quantidade em detrimento da qualidade.
Observem que essas questões estão ligadas a cultura que fomos criados. As relações de poder são calcadas no consumo. No quanto você pode comprar. Não usamos mais a força física para caçar ou subjulgar. Usamos a força econômica para isso, com grandes índices de consumo de futilidades que nos projetam “poder”.
Enfim, mito ou verdade as questões que nos afligem em relação ao meio ambiente estão relacionadas à educação. Discutir, entender, opinar e levar o tema a todos os meios é uma forma de chegarmos a um conceito comum.
E não há dúvida que precisamos discutir sobre o tema. Sobre nosso futuro.



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